OPINIÃO: Correr com podcasts não resulta + LISTA 15

Tenho andado numa de correr: acordo as 7h30 para a minha corrida matinal. Para além disso, aderi à moda dos podcasts, em particular para ouvir duas rubricas matinais da Rádio Comercial: "Mixórdia de Temáticas" com Ricardo Araújo Pereira e "O Homem que Mordeu o Cão" com Nuno Markl.

Foi então que pensei ter tido numa ideia de génio: correr a ouvir podcats. Infelizmente, não resulta. Digo-o sem qualquer desprestígio para os autores das rubricas, mas torna-se impossível manter  a concentração.

Nem a propósito, Ricardo Araújo Pereira disse em "Mixórdia de Temáticas" que as pessoas hoje já não correm - fazem running. É, basicamente, a mesma coisa, mas com aparelhos eletrónicos ligados a nós. Pois bem, levo o smartphone com a respetiva app para controlar o percurso, tempo e velocidade e ouço música, agora que já desisti da ideia dos podcasts. Esses continuo a ouvir nos transportes.

Aproveito tudo isto para apresentar mais uma lista de músicas onde escolhi as mais mexidas, as melhores para praticar exercício físico. Não sou adepto de música eletrónica, por isso escolhi músicas rock. A saber: Beady Eye, Eric Clapton, Guns'n'Roses, Queen, U2 entre outros.

Para ouvir aqui.

Beady Eye - Bring the Light

OPINIÃO: Deolinda

É, provavelmente, a minha banda portuguesa favorita. Confesso que não os acompanho desde o início, pois a primeira música que ouvi foi a "Um Contra o Outro" do segundo disco: "Dois Selos e um Carimbo" (2010).

A ideia surgiu em 2006, quando Pedro da Silva Martins convidou José Pedro Leitão, Luís José Martins e Ana Bacalhau para gravarem quatro músicas que tinha escrito. Assim, em 2008 assistimos ao lançamento de "Canção ao lado", álbum de estreia da banda lisboeta.

O último disco chama-se "Mundo Pequenino" (2013) e fala, sobretudo, de aventuras passadas pela banda ao longo destes últimos anos. Lançaram um DVD ao vivo no Coliseu dos Recreios, já foram considerados uma das grandes bandas europeias e o Brasil considerou "Mundo Pequenino" como o melhor álbum internacional de 2013. Fizeram também um pouco de história com "Parva que sou", uma música que rapidamente se tornou um hino das gerações mais jovens.

Feitas as apresentações, passamos à opinião:

Confesso que a primeira vez que ouvi "Um Contra o Outro" não fiquei completamente convencido - e a verdade é que ainda hoje não é das minhas preferidas.

"Canção ao Lado": Tem o nome do álbum de estreia e está, sem dúvida, entre as minhas músicas favoritas dos Deolinda. "Lisboa não é a Cidade Perfeita" e "Clandestino": Duas músicas calmas mas com letras muito consistentes. "Clandestino" tem das letras mais bonitas que á ouvi.

"E acaso nos tocar o azar,

O combinado é não esperar,

Que o nosso amor é clandestino."

"Há Dias Que Não São Dias" e "Alvalade e as Portas de Benfica": São músicas um pouco paradas mas, mais uma vez, lindíssimas. Pertencem ao álbum "Dois Selos e um Carimbo".

"Não Tenho Mais Razões": É com esta música que começa o álbum ao vivo no coliseu - é uma crítica à sociedade em que vivemos, mas de um ponto de vista um pouco diferente.

"Oh senhor doutor, esta doença só me dá para dançar...

Faça qualquer coisa que eu não tenho mais razões para me queixar!"

Por fim, o excelente "Mundo Pequenino" - excelente mesmo. Todos nós temos um álbum de que gostamos do princípio ao fim. É impressionante como não há uma música menos boa. "Musiquinha" é também uma interessante crítica.

"Está tudo morto, não?

Não há motivação!

Nada acontece, está tudo à espera...

Está tudo encerrado, não?

Não há mais vibração, ninguém se mexe...

Que grande seca.

Pois já que a ninguém espanta

Ver que isto já não anda,

Põe a musiquinha e abana essa anca!

Já que a ninguém espanta

Ver que isto não avança

Ouve a musiquinha e abana, abana, abana!"

No Sol da Caparica espero ver os Deolinda pela quarta vez - não me canso e gosto cada vez mais - vale a pena.

Não Tenho Mais Razões

Clandestino

Musiquinha

Parva Que Sou

Estou farto!

Estou farto da VEVO! Desculpem-me este post sem conteúdo musical, mas quero partilhar a minha frustração. Desde há uns tempos para cá, muitos vídeos dos mais variados artistas passaram a ser partilhados por esta empresa através do youtube. Confesso que no início a ideia agradou-me, podemos assistir a quase qualquer videoclip e com ótima qualidade, mas, e como tudo tem um mas... A partilha destes vídeos aqui no Post it! Music é cada vez mais complicada!

A VEVO agora não permite a partilha de nenhum dos seus vídeos em blogues e, para além disso, também condiciona a partilha de vídeos (que contenham as mesmas músicas) postados por utilizadores. Isto é desesperante.

Hoje a música partilhada foi a "Can't get Enough" dos Infadels, mas a verdade é que esta não foi a minha primeira opção... Antes deste vídeo tentei partilhar The Calling, Hollywood Undead, Shania Twain, Amy Winehouse e Quincy Jones, todos sem sucesso.

Isto é muito triste, mas assim começo a pensar em desistir de postar a música do dia e, dado que este blogue é só sobre música, acho que tenho de pensar seriamente se vale a pena continuar este projecto que é o Post it! Music. Enfim, mais uma vez peço desculpa pelo desabafo, mas isto está a ser péssimo.

Festivais de Verão

As organizações de vários festivais de Verão já começaram a anunciar nomes de modo a garantir a preferência do público o mais cedo possível, principalmente se tivermos em conta que 2012 é ano de Rock in Rio em Portugal.

E por falar em Rock in Rio, The Boss é o grande nome confirmado neste festival, Bruce Springsteen vai subir ao palco, Maroon 5 também, para além de nomes já familiares neste festival como Metallica ou Evanescence.

Florence and The Machine vem promover "Ceremonials" ao Optimus Alive 12, agora no palco principal. Ainda assim, o grande nome para este festival é Radiohead, possivelmente também para promover o novo álbum.

Estes são só alguns exemplos do que vamos poder ver, eu pessoalmente não tenho pressa na compra de nenhum bilhete, vou esperar por mais confirmações, com a esperança de que ainda estão para vir grandes surpresas!

Regresso de Férias

    

É bom regressar de férias. Uma nova energia para lidar com os problemas do dia-a-dia, uma nova energia para mais um ano de faculdade e ainda uma nova energia para usar no Post it! Music, que bem está a precisar!

Todos nós que gostamos de música temos fases em que ouvimos mais determinadas bandas e outras em que as ouvimos menos. Estas férias marcaram-me particularmente em termos músicais e fiz por isso uma lista das músicas que mais me marcaram nestas semanas (ordem alfabética):

1. Adele - Rolling in the Deep: Da primeira vez que a ouvi não gostei, agora tem sido a que mais tocou.

2. Amy Winehouse - Rehab: Já se esperava... É uma grande música de uma grande cantora e não podia ficar de lado. Que descanse em paz.

3. Caro Emerald - Back it up: O álbum de estreia da Holandesa está excelente.

4. Deolinda - Passou por mim e sorriu: Foi a primeir música que ouvi da banda portuguesa. Foi-me recomendada por um amigo.

5. Deolinda - Um Contra o Outro: Esta também me ficou na cabeça.

6. Foals - Miami: Uma das minhas favoritas de Total Life Forever.

7. Gary Moore - Bad for you Baby: Foi a primeira música que conheci do falecido músico, é também a que mais gosto.

8. Gotan Project - Queremos Paz: Os Gotan são especiais, logo esta música é especial.

9. Guns n'Roses - Better: Sempre disse que não gostava desta, até um dia...

10. Jamiroquai - Hot Tequila Brown: Uma das minhas favoritas, essencial para um Verão bem passado.

11. Janis Joplin - Try (Justa a Little bit Harder): Esta também morreu cedo demais... Mas as suas músicas serão sempre eternas.

12. Jeff Beck - Hammerhead: Todo o álbum é excelente. Emotion & Commotion foi recentemente sugestão do Post it! Music.

13. Jeff Bucley - Grace: Um músico de outros tempos que infelizmente só conheci agora.

14. Mão Morta - Estância Balnear: Pertence ao mais recente álbum da banda e a par com "Novelos de Paixão" gostei muito desta música.

15. Márcia - Cabra-Cega: Na verdade já ouvi mais esta música do que agora, mas merece referência.

16. Nirvana - Lithium: Ouvi muito esta música nas férias passadas, mas nestas a vontade voltou.

17. Ornatos Violeta - Pára de Olhar para Mim: São para mim um ícone da música portuguesa.

18. Pearl Jam - Evenflow: Quando comecei a ouvir Pearl Jam esta foi a primeira. Que saudades!

19. Tracy Chapman - Talking About a Revolution: É uma mulher e tem voz de homem, mas o que importa isso?

  

20. Velvet Revolver - Fall to Pieces: Só agora comecei a ouvir a banda, mas esta já tem lugar cativo no mp3.

Ouvi também alguns álbuns que tinha prometido a mim mesmo que ia conhecer, como o Ok Computer dos Radiohead. Mas isso fica para outro post.

Clube dos 27

    

O "Clube dos 27" é um dos mais misteriosos do mundo da música. Basicamente, todos os membros deste clube faleceram com 27 anos, todos músicos polémicos (porém com um enorme talento) onde eram conhecidos problemas de dependencias com álcool ou drogas.

Os mais conhecidos membros deste grupo são os três míticos J's: Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison (por ordem de morte). Para além deste trio destacam-se também Brian Jones, membro fundador dos Rolling Stones (1969) e Kurt Cobain (1994), vocalista, guitarrista e compositor da banda Nirvana.

Em 2011 juntou-se um 6º elemento, a britânica Amy Winehouse foi encontrada morta no seu apartamento em Londres, também aos 27 anos.

Como seria de esperar, as causas da morte não foram as mais naturais e ficam aqui listadas:

- Brian Jones: Afogado numa piscina. A morte foi considerada acidental. 

- Jimi Hendrix: Afogado no próprio vómito.

- Janis Joplin: Overdose de heroína.

- Jim Morrison: Ataque cardíaco. Não foi realizada autópsia.

- Kurt Cobain: Suicídio com arma de fogo.

- Amy Winehouse: Causa desconhecida (até ao momento da publicação do artigo).

Há quem considere coincidência, há também quem pense tratar-se de uma conspiração. Existem até teorias que dizem que todos eles foram assassinados pelas forças especiais norte americanas, de modo a não provocarem mais influências na sociedade.

O mais provável é que se trate mesmo de uma infeliz coincidência, mesmo não sendo normal que 6 músicos com talento e polémicas em comum tenham morrido todos com a mesma idade. Há ainda algumas questões que se colocam: Porque não se realizou autópsia ao corpo de Jim Morrison? E sabe-se ainda que a arma supostamente usada por Kurt Cobain para se suicidar era demasiado grande para ser manobrada contra a própria pessoa. São perguntas para as quais nunca foi encontrada uma explicação.

Ainda mais estranho que tudo o que foi anteriormente referido é o facto deste clube não ter 6 elementos mas sim 44. Exactamente, a Amy Winehouse foi a 44ª artista a falecer com 27 anos. As causas das mortes foram maioritariamente acidentes e overdoses.

Mesmo os mais cépticos terão de admitir que se trata de uma coincidência macabra, no mínimo.

Alive a esgotar!

    

Lembro-me perfeitamente de no ano passado ter pensado em comprar o para os três dias do alive, sempre sem pressas pois não me passava pela cabeça que fosse esgotar.

Este ano a organização do festival aumentou o número de bilhetes à venda para 50000 para cada dia (o anopassado foram 45000). Por impressionante que pareça já anúnciaram que o passe dos quatro dias está quase esgotado, já só há 2500 passes e para o primeiro dia (o dia de Coldplay há 4900 bilhetes - Desta vez não há a desculpa do "nunca pensei que fosse esgotar").

Enfim, este ano não me preocupo pois já não tenho tanto interesse em ir como tive no outro ano, mas ainda assim é bom que fique o aviso.

O que vale é que vem aí o FMI e estamos em crise.

Smooth Operator para Soldier of Love

    

Tudo muda com o passar dos anos e a inspiração for artistas não é excepção. Hoje apeteceu-me falar de algo que está a acontecer um pouco em todos os artistas.

Cada vez é mais frequente ver uma banda deixar para trás o trabalho que realizou e aventurar-se em novas sonoridades, novos instrumentos e ritmos.

Há uns meses atrás falámos de Sade Adu aqui no Post it! Music, uma artista que apresentou o ano passado um novo álbum de originais chamado "Soldier of Love". Foram dez anos sem apresentar nada de novo, sem produzir novas músicas. Será que se perde a prática? Em dez anos muito se perdeu nesta artista...Originalidade, melodia e até instrumentos parecem faltar no seu último disco. Fico triste quando comparo músicas como "Smooth Operator", "Is it a Crime" ou "Paradise" com músicas como as presentes neste último trabalho.

Resta-me pensar que não são todos assim, de certeza que há artistas que fazem cada vez melhores músicas, independentemente de estarem 2 meses ou 20 anos parados.

Como nota final, só quero acrescentar que escrevi isto enquanto estava a ouvir "The King of Limps", o novo álbum dos Radiohead (que, até agora não está nem perto dos trabalhos de outros tempos).

Paradise