A propósito da sua recente atuação no festival MEO Sudoeste no dia 9 DE Agosto, aproveito para apresentar o reconhecido músico aqui no Post it! Music.
Jamie Cullum é um cantor e pianista de jazz inglês nascido a 20 de Agosto de 1979 (está quase a fazer 35 anos). É também compositor e estreou-se em 1999 com o álbum "Heard it All Before" - sendo também conhecido pela forma como tem recriado temas que foram imortalizados por nomes como Frank Sinatra.
Com 15 anos de carreira e 6 álbuns de estúdio, o músico tem sido considerado uma referência moderna da música jazz. A juntar a isto tem ainda três DVDs e duas compilações, estas últimas lançadas em 2006 e 2007.
Destaco dois álbuns: "Catching Tales" de 2005 e "The Pursuit" de 2009. "I'm All Over It" é talvez o seu maior sucesso de rádio - mas não o único.
Por curiosidade, Jamie Cullum toca também guitarra e bateria.
Hoje vou falar um pouco da vida de um jovem artista que muito sucesso tem atingido nos últimos tempos. Bruno Mars, ou Peter Hernandez (nome real) nasceu a 8 de Outubro de 1985 e é um cantor norte-americano (com ascendência porto riquenha) que se tem destacado também como compositor, produtor e instrumentista.
Apresentou-se diversas vezes como cantor amador durante a sua infância e mais tarde decidiu mesmo instalar-se em Los Angeles com o objetivo de poder construir uma carreira na música. Assinou o seu primeiro contrato de sucesso em 2009 com a Atlantic Records e isso permitiu-lhe fazer participações em diversas músicas, de onde se pode destacar o êxito mundial "Billionaire".
Em 2010 chega então a vez de ser Bruno Mars a brilhar a solo com o álbum "Doo-Wops & Hooligans", trabalho que atingiu o terceiro lugar nas paradas norte-americanas e inglesas (já vendeu mais de um milhão de cópias). É impressionante como já se extraíram 5 singles deste projeto: O primeiro dá pelo nome de "Just The Way You Are" e é um dos maiores sucessos do cantor até agora, a par talvez com "The Lazy Song", terceiro single.
O cantor teve um início pouco fácil com um primeiro contrato assinado em 2004 com a (com os quais veio a trabalhar mais tarde).
Se tivermos de atribuir um estilo a Bruno Mars, penso que R&B é indiscutivelmente o mais adequado, apesar do rock e pop estarem claramente presentes nas suas músicas. O próprio identifica várias inspirações, das quais se destacam R. Kelly, Led Zeppelin, The Police, The Beatles ou mesmo Jack White e Alicia Keys. Para além das participações que realizou em músicas de outros artistas e do seu bem sucedido álbum a solo, penso que se destaca também o excelente cover realizado da música Valerie em homenagem a Amy Winehouse, interpretado por si ao vivo na cerimónia dos Grammys.
Em termos de premiações, o músico também já deu provas do que é capaz, tendo ganho um Grammy Award em 2011 para "Melhor Performance Pop Vocal Masculino" e tendo ficado com 6 nomeações.
Ouça aqui algumas músicas e atuações de Bruno Mars:
Bom, hoje vou aproveitar para partilhar um pouco de uma das
minhas bandas favoritas, The Dandy warhols, banda norte-americana formada em
1994 que em Portugal ficou muito famosa pela música Bohemian Like You (anúncios
da Vodafone).
O primeiro nome da banda foiAndy
Warhol’s Wet Dream(ainda que rapidamente tenha sido mudada para o nome actual)
e tudo começou como uma brincadeira entre dois amigos, em que um deles (Pete
Holmstrom) convenceu Courtney Taylor a participar na formação de
uma pequena banda de bairro (neste pequeno mundo ganharam imensa fama muito
rapidamente).
Apesar do sucesso em pequena
escala que estavam a ter, o primeiro álbum lançado em 1995 teve uma projecção
bastante modesta, acabando por não sair muito dos arredores de Portland (onde a
banda se formou). Esta fraca projecção foi justificada com o difícil distanciamento
de bandas como Velvet Underground, ainda assim nesse mesmo ano conseguiram
fazer a sua primeira tourné por vários estados do país.
Em 1996 começaram a ser feitas as gravações do segundo
álbum, aquele que seria o primeiro mais sério e definitivo da banda, mas
infelizmente estas gravações nunca chegaram a ver a luz do dia (pelo menos de
uma forma oficial).
Os Dandy Warhols foram prosseguindo o seu caminho e em 1997
lançam o bem sucedido “…The Dandy Warhols Come Down”, acompanhado de bons
singles e de uma digressão mundial (dada a grande aceitação deste álbum na
Europa).
O trabalho seguinte veio mudar muito a banda, especialmente
pela saída pouco clara de Eric Hedfor (baterista), explicada por divergências
com outros membros, o que não deixou de ser estranho, dada a nova dimensão que
os músicos estavam a ganhar, especialmente no velho continente. Foi então que
no ano 2000 chegou finalmente o tão aguardado “Thirteen Tales From Urban
Bohemia”, álbum que veio revolucionar por completo tudo o que se conhecia deste
grupo. A sonoridade mudou por completo, foi assim mostrado um trabalho muito
mais maduro e pensado do que os anteriores, sendo ainda hoje considerado um dos
melhores da banda, tendo na sua lista de faixas músicas como “Godless”, “Sleep”,
“Get Off” e a inesquecível “Bohemian Like You”. Tudo parecia ser diferente a
partir daqui, este álbum teve uma excelente aceitação quer da critica quer do
público, elevou a banda para valores de vendas que nunca tinham conhecido e foi
acompanhado de uma grande digressão que lhes deu o estatuto de uma das maiores
bandas de rock alternativo do mundo.
Mais uma vez se começou a perceber que vinha aí uma grande
mudança, “Welcome To The Monkey House” foi mais um álbum de estúdio e contou
com uma produção de luxo, tendo como co-produtor Nick Rhodes (membro de Duran
Duran). Uma mudança tão radical nunca é consensual, e foi realmente assim que
aconteceu, foi um disco que fez fãs odiarem a banda e que ao mesmo tempo trouxe
novos admiradores ao grupos, muitos acharam que era um esquecer das origens,
outros consideraram este projecto como uma evolução arrojada do que tinha sido
feito até à data. Este álbum foi acompanhado de uma enorme tourné que acabou
com uma pausa na banda para descanso, ao fim ao cabo umas férias prolongadas
que os artistas já tanto mereciam.
Entretanto, a banda já lanlçou mais dois álbuns, sendo o
mais importante destes dois lançado em 2005 e deu pelo nome de “Odditorium Or
Warhols Of Mars”, que dividiu ainda mais os fãs da banda. Agora havia quem
considerasse este como uma evolução do anterior, estando ainda mais refinado,
ao passo que para outros foi um arrastar do já mau anterior projecto.
Para finalizar, resta só acrescentar (e em tom de
curiosidade) que o nome da banda é inspirado no artista pop Andy Warhol.
Ouça aqui algumas músicas deste grupo que marcou a sua
geração e o rock alternativo de um ponto de vista geral:
Bohemian like
you
We used to
be friends
Shakin
Get off
Devido ao problema com as partilhas de músicas em blogues e outros espaços, os vídeos aqui presentes não podem ser reproduzidos directamente, sendo necessário o acesso ao próprio site Youtube.
Mesmo os que gostam menos de jazz, com certeza já ouviram músicas interpretadas por Diana Krall, cantora e pianista nascida no Canadá em 1964.
Diana nasceu no meio de uma família muito ligada à música, daí ter começado a tocar piano apenas com 4 anos, de tal forma que na escola básica fez parte de um pequeno grupo de jazz e aos 15 já tocava com regularidade nos mais variados restaurantes de Vancouver (para onde foi viver durante a infância).
Com 17 anos, Diana Krall ganhou uma bolsa para estudar no Berklee College of Music (Boston) e começou a cantar com Jimmy Rowles (com quem continuou a estudar em Los Angeles).
Em 1993 lançou o seu primeiro álbum, começou a ganhar sucesso internacional e em 1996 (com o 3º álbum) chegou a ser indicada para um grammy. Um dos seus maiores sucessos foi lançado no ano seguinte (Love Scenes) e ficou marcado pelo fantástico trio com Diana (voz e piano), Russel Malone (violão) e Christian McBride (baixo).
Em 1999 ganhou mesmo o seu primeiro grammy com When I Look in Your Eyes para Melhor Músico Jazz do Ano. Em 2000 actuou com o célebre Tony Bennett e no ano seguinte lançou o seu primeiro álbum ao vivo "Diana Krall - Live in Paris" e este deu-lhe o seu segundo grammy (Melhor Gravação Jazz).
Desde aí, a cantora, pianista e compositora lançou mais 5 álbuns, onde se incluem músicas originais, covers, versões ao vivo e até um álbum de Natal (Christmas Songs - 2005). Para além de ter lançado ainda mais dois DVDs de concertos, um deles no Brasil, marcado pela magnífica interpretação da Garota de Ipanema numa versão adaptada por si.
A título de curiosidade, Diana Krall casou-se com o músico Elvis Costello em 2003 e em 2006 tiveram dois filhos gémeos. Ouça aqui algumas interpretações feitas pela cantora:
Os Wilco são uma banda de Chicago formada em 1994, assumindo-se como um conjunto de rock alternativo.
Após a separação da banda Uncle Tupedro, Jeff Tweedy, Bill Belzer, Ken Coomer, Max Johnston e John Stirratt decidiiram começar um novo projeto, que não era mais do que o antigo grupo com exceção de dois membros (e também esses formaram uma banda juntos). Esta formação não funcionou e ao fim de 17 anos só Jeff Tweedy (vocalista) e Johnston Stirratt (baixista) continuam na banda. Como já se previa, o primeiro álbum de originais da banda pouco acrescentou àquilo que já se conhecia dos antigos projetos destes músicos.
Os Wilco só começaram a ter uma verdadeira atenção do público e da crítica no seu quarto álbum (este lançado em 2002), um trabalho que gerou muita polémica, pois a gravadora com a qual tinham contrato rejeitou o disco, acabando este por ser publicado por outra gravadora pertencente à mesma empresa.
Apesar do anterior álbum ter sido o mais vendido da banda, aquele que recebeu melhores críticas foi lançado em 2005 e chamou-se A Ghost is Born, vencedor de dois Grammys, entre eles o de Melhor Banda de Música Alternativa do Ano.
A título de curiosidade, a banda tem 7 álbuns de originais lançados, um ao vivo e duas participaçõescom Billy Bragg. Para além disto, é interessante ver que quando os Wilco se estrearam eram vistos como uma banda que se inspirava em outras como os Television, ao passo que agora são vistos como uma inspiração para outras bandas de rock alternativo.
Ouça aqui algumas músicas:
Jesus, Etc
You and I
I'm The Man Who Loves You
O Post it! Music escreve com base no novo acordo ortográfico.
Caro Emerald é o nome de uma cantora Jazz nascida em 1981 (30 anos) em Amesterdão.
Caroline Esmeralda (nome real) estudou no conservatório de música de Amesterdão, os seus estudos vocacionaram-se no canto de música Jazz, tendo sido diplomada em 2005.
A sua carreira a solo iniciou-se em 2009 com o lançamento do single "Back it Up", no entanto Emerald tem trabalhado também no grupo volcal harmónico de Amesterdão e na Philharmonic Funk Foundation. Para além disto ainda dá aulas na escola de canto Babette Labeij, é uma das treinadoras vocais do programa X-Factor e maestra vocal na Kinderen voor Kindereen.
Com um único álbum lançado, Caro Emerald já marcou o mundo da música e bateu records. Deleted Scenes From the Cutting Room Floor, álbum editado no início de 2010 pela Grandmono Records, foi o disco mais vendido de 2010 nos Países Baixos, bateu um record que pertencia ao Thriller (álbum de Michael Jackson e álbum mais vendido do mundo) ao conseguir ficar 30 semanas consecutivas no número 1 das paradas holandesas.
Em termos de prémios, Caro Emerald ganhou o de Melhor Artista Feminina de 2010 pelo Dutch Music Prize w ganhou o Popprijs 2010 como Maior Celebridade Holandesa Pop do Ano.
Deleted Scenes From the Cutting Room Floor já tem 5 músicas marcadas como singles, todas elas muito interessantes de ouvir (como todo o álbum). Ouça aqui algumas delas:
Hoje vou falar de uma banda do conhecimento de muitos de nós. Toca rock, formou-se nos Estados Unidos em 1970 e ainda hoje está no activo (são mais de 40 anos!).
Em 1961, Steven Tyler, vocalista da banda Chain Reaction, juntou-se ao guitarrista Joe Perry e ao baixista Tom Hamilton (ambos membros da Jam Band) e formaram uma nova banda. Para completar, juntou-se o guitarrista Ray Tabano (antigo amigo de Steven) e o baterista Joey Kramer. Assim surgiram os Aerosmith - nome sugerido por Joey e que, segundo o próprio, "não tem nenhum significado especial".
Pouco tempo depois houve uma substituição do baterista por Brad Whitford, estabelecendo-se assim aquela que é considerada a formação clássica da banda.
Começaram por dar pequenos concertos nos bares de Boston, mas o agrado do público foi tanto que em 1972 assinaram um contrato com a Columbia Records, que lhes permitiu o lançamento do álbum de estreia "Aerosmith" (foi um fracasso aquando do lançamento, tendo atingido sucesso algum tempo mais tarde). Em 1974 estavam já a apresentar o segundo álbum ("Get Your Wings") e em 1975, "Toys in the Attic" faz dos Aerosmith verdadeiras estrelas do rock (álbum que já vendeu 11 milhões de cópias em todo o mundo).
1977 e 1978 foram anos importantes para a banda de Steven Tyler, no primeiro lançaram "Draw the Line", um disco que os marcou definitivamente como uma banda de peso (ainda que as suas críticas tenham sido menos boas que nos trabalhos anteriores). O segundo foi o ano de lançamento do primeiro álbum ao vivo dos Aerosmith (pois foi por esta altura que começaram os grandes concertos com muito público).
Como nem tudo pode correr bem, um ano depois (1979) durante a gravação de "Night in the Ruts", Joe Perry abandona a banda por desentendimentos com Steven Tyler, que sofre o grave acidente de mota nesse mesmo ano. Com isto, a solução foi lançar um Greatest Hits enquanto não conseguiam trabalhar num novo projecto.
"Night in the Rust" é então lançado com 3 covers e 2 vídeos, tendo sido mesmo assim um fracasso de vendas (atingiu uma única platina passado vários anos). Apenas uma música foi tocada por Jimmy Crespo (substituto de Joey Perry) dado que as restantes já tinham sido gravadas.
Em 1981 foi a vez de Brad Whitford deixar a banda e no ano seguinte sai para o mercado "Rock in a Hard Place", um dos maiores fracassos da história dos Aerosmith (quer em termos de vendas quer de crítica - apesar de hoje em dia haverem músicas desse mesmo álbum muito apreciadas pelos fãs). Neste momento tudo parecia correr mal, os discos vendiam mal, as críticas eram más, as prestações dos artistas ao vivo eram más e os excessos eram enormes (drogas e álcool).
Em 1984 a situação parecia recompor-se com o regresso de Joey Perry e de Whitford. Foi feita uma grande tourné de regresso aos palcos e nesta altura os Aerosmith foram acusados de só estarem a voltar por dinheiro, possibilidade que foi várias vezes desmentida por todos os elementos da banda. No entanto, durante a série de concertos vários problemas aconteceram, incluindo desmaios em palco de Steven Tyler provocados pelo excesso de drogas.
Em 1985 lançam um dos seus melhores álbuns: "Done With Mirrors" - Ainda que na altura as vendas tenham ficado muito aquém do esperado (facto provocado pelas "manchas" deixadas durante a tour).
1989 foi o ano do grande regresso dos Aerosmith, esse regresso foi feito com um álbum chamado "Pump", foi a revolução do grupo, 9 milhões de cópias vendidas e uma triumfante entrada nos anos 90, preparavam-se para atingir o ponto mais alto da carreira.
"Get a Grip" foi apresentado em 1993 e vendeu ainda mais que "Pump": 12 milhões de cópias, êxitos como "Crazy" e "Cryin" fizeram com que a banda se afirmasse como uma das maiores do mundo. Com uma fase menos boa em 1997 (provocada pela demissão do produtor do grupo, lançam "Nine Lives" e continuam a fazer sucesso.
Em 2008 é lançado uma das músicas mais famosas do mundo, uma música que marcou uma era: "I Don't Want to Miss a Thing" - a famosíssima música do filme "Armageddon".
Os álbuns seguintes foram lançados em 2001 e 2004 (" Just Push Play" e "Honkin' on Bobo"), do primeiro ficou conhecida a canção "Jaded" e o segundo foi o regresso às origens, um disco blues como há muito os fãs esperavam ouvir.
Por fim, em 2006 é lançado "Devil's Got a New Disguise: The Very Best of Aerosmith", uma colectânea com os maiores êxitos alcançados pela banda durante a sua já lona história. Ainda no activo, os Aerosmith dedicam-se aos concertos, não havendo nenhum álbum a ser anunciado brevemente (pelo menoscom confirmação da banda).
A título de curiosidade, é em 2000 que a banda entra para a "Rock and Roll hall of Fame" - uma calçada da fama dedicada ao Rock and Roll. Para além disso, o primeiro Guitar Hero dedicado a uma única banda a ser lançado foi também dedicado aos Aerosmith.
Este artigo é uma continuação de "BIOGRAFIA - Jorge Palma - Parte 1".
1989 é o ano de lançamento de um dos seus melhores projectos e do que foi considerado um dos melhores álbuns portugueses de sempre. Dava pelo nome de "Bairro do Amor" e marcou uma nova época na carreira do artista, que se estreou numa nova editora.
Os anos 90 foram, por opção do próprio, anos para desfrutar do que já tinha feito até então: concertos, participações em músicas de outros nomes e regravações. Durante a década são lançados vários Cds intímistas, colectâneas, álbuns ao vivo e tributos a outros artistas por parte de Jorge Palma.
No ano 2000 a sua editora resolve apresentar uma nova colectânea que não era mais do que uma mistura dos seus dois melhores álbuns. O sucesso estava garantido e esteve no número 1 de vendas nacionais durante várias semanas.
Dada a boa receptividade do público face à colectânea anteriormente referida, Jorge Palma começa a trabalhar num novo álbum de originais que acaba por só ver a luz do dia um ano mais tarde. O público recebeu muito bem o novo trabalho de nome homónim ao cantor e as críticas foram as melhores, 12 anos sem apresentar nada de novo não tiraram criatividade a Jorge Palma e o disco rapidamente atingiu os tops de vendas nacionais.
De 2001 até 2004 continuava com uma preenchida agenda de concertos por todo o país, fez participações em trabalhos de Sérgio Godinho e reedita álbuns antigos em CD (que até à data estavam fora do mercado por só tere sido editados em cassete).
Palma grava, em Agosto de 2004, um novo álbum de luxo. "Norte" contou com as melhores participações, grandes nomes nacionais com quem o cantor nunca tinha trabalhado anteriormente.
Actualmente, Jorge Palma faz uma vida mais calma. O seu último álbum de originais foi lançado em 2007, "Voo Nocturno", completado pelo lançamento do disco "Voo Nocturno ao Vivo" em 2008, logo após o seu casamento em Las Vegas com Rita Tomé, companheira de há vários anos de Jorge Palma. O seu último single foi lançado em 2010 e chama-se "Tudo por um Beijo", foi feito para a banda sonora do filme português "A Bela e o Paparazzo".
É um dos grandes nomes da música nacional, é adorado pelo povo ainda que por vezes incompreendido.
Jorge Manuel de Abreu Palma é o nome de um dos maiores compositores portugueses, para além de belíssimo pianista e cantor. Nascido a 4 de Junho de 1950 em Lisboa, Palma começou a estudar piano aos 6 anos enquanto aprendia a ler e a escrever. Aos 8 anos já era aluno do Conservatório Nacional e aos 13 já ganhava prémios. Teve uma adolescência influenciada por grandes nomes como Bob Dylan, Led Zeppelin ou Lou Reed.
Em 1967 Jorge Palma torna-se membro do grupo Black Boys (no órgão) ainda que por apenas 6 meses pois o pai obriga-o a continuar a estudar, tendo estado na faculdade de ciências a estudar engenharia entre 1969 e 1971.
Por esta altura Palma volta a fazer parte de uma banda, os Sindicato, tocando órgão e estreando-se como cantor. Esta era uma banda de covers de grandes nomes rock (Led Zeppelin, etc.). A banda chega ainda a gravar algumas músicas originais num estilo pouco comum que situa algures entre o jazz e o rock.
A sua estreia a solo acontece em 1972 com um single chamado "The Nine Billion Names of God" e começa a ser ajudado por José Carlos Ary dos Santos no aperfeiçoamento do seu trabalho como letrista. É graças a esta convivência que em 1973 é apresentado o primeiro EP de Jorge Palma com quatro composições realizadas pelo próprio e duas letras de Ary dos Santos.
Neste mesmo ano, Palma foi trabalhar para a Dinamarca como empregado de hotel para fugir à guerra e, apesar de este ter estado mais afastado do mundo artístico continuava a escrever, a compor e a participar em pequenos programas de rádio.
Após regressar a Portugal depois do 25 de Abril de 1974, Jorge apresenta o seu primeiro LP um ano depois e dá pelo nome de "Com uma viagem na palma da mão" (as letras foram escritas na Dinamarca, durante o seu exílio político). Em 1977 apresenta o seu segundo álbum de originais com uma tourné pelo Brasil.
No início dos anos 80, Palma muda-se para Paris com a sua segunda mulher, Graça Lami, regressando a Portugal apenas para gravar mais um álbum de estúdio.
Depois de passar algum tempo em concertos por Portugal, França e Itália, apresenta um novo projecto em 1985: "O lado errado da noite", ainda hoje considerado um dos melhores do artista, daqui foram extraídos grandes êxitos como "Deixa-me Rir". No ano seguinte Palma acaba o seu curso de piano no Conservatório Nacional e lança mais um disco, "Quarto Minguante", um trabalho menos feliz que ficou marcado por conflitos entre o artista e a própria editora.
Jorge Palma precisava agora de dar a volta à carreira apostando num projecto inspirado e pleno de qualidade. Saiba mais na segunda parte deste artigo (será postado brevemente).
Por bons ou por maus motivos, a verdade é que todos nós já ouvimos falar desta jovem cantora.
Amy Winehouse nasceu em Londres a 14 de Setembro de 1983 e tem, actualmente, 27 anos. Cresceu no seio de uma família judia com um ambiente complicado. O pai de Amy mal-tratava a mãe e tinha relações extra-conjugais, acabando mesmo por casar com outra mulher em 1996. A cantora não teve por isso uma adolescência fácil e quando fez 18 anos deixou de seguir as ordens do pai, para além de se iniciar no consumo de drogas.
Começou desde cedo a cantar em pubs até ter conseguido lançar o seu primeiro álbum após assinar um contrato com uma editora. O seu projecto de estreia deu pelo nome de "Frank" e foi uma revelação com excelentes resultados, quer comerciais quer críticos. Deste álbum destacam-se músicas como "Stronger than Me" ou "In My Bed". "Frank" é um disco com fortes influências jazz (aliás, como todos os trabalhos de Amy Winehouse).
Em 2006 juntou-se a Mark Ronson (produtor) para lançar o seu segundo álbum de orginais "Back to Black", um trabalho que só veio fortalecer a presença de Amy no mundo artístico. "Back to Black" teve tudo para ser um sucesso: Uma sonoridade inovadora numa mistura de música jazz com influências muito pop, ritmos contagiantes e uma enorme quantidade de sucessos num só disco. Músicas como "Rehab", "Valerie", "Back to Black", "You Know I'm no Good" ou "Tears Dry on Their Own" ainda hoje são ouvidas em inúmeros locais.
As vendas foram fenomenais, "Back to Black" já vendeu mais de 13 milhões de cópias e foi o álbum mais vendido aquando do ano de lançamento.
Amy está agora a trabalhar em mais um álbum de originais com o mesmo produtor do anterior e tudo indica que está para chegar mais um sucesso de vendas, segundo as declarações do próprio Mark Ronson.
"Q: Soul Bossa Nova" é o nome de um projecto extra depois do seu segundo álbum onde Amy Winehouse interpreta uma música antiga de Quincy Jones, onde recebeu enormes elogios do compositor. O próprio Quincy Jones disse que a sua música se adaptava melhor à voz da cantora do que a qualquer outra.
Para além de talento, Amy Winehouse tem tido problemas graves com drogas e álcool. Passou por um casamento complicado e por um divórcio igualmente mau. Depois de várias tentativas de reabilitação e de terem dado poucos meses de vida à cantora, esta parece ter finalmente recuperado e estar pronta para voltar ao estrelato.
Para finalizar, importa referir que Back to Black deu 5 grammys (de 6 nomeações) e ainda fez com que "Rehab" fosse considerada a música mais influente da década.
Ouça aqui algumas músicas (foi difícil escolher!):
Aretha Louise Franklin, ou simplesmente Aretha, nasceu em Memphins a 25 de Março de 1942 e é uma cantora mundialmente reconhecida pela sua voz forte e pela forma inconfundível como interpreta diversos temas Soul e Gospel. É, para muitos, um ícone dentro dos artistas negros.
Começou a carreira muito cedo a cantar numa igreja onde o seu pai C.L. Franklin trabalhava. A sua carreira avançou a uma velocidade de tal forma grande que, com apenas 14 anos já tinha gravado núsicas gospel e feito tournés. O seu primeiro contrato foi assinado com a Columbia Records quando Aretha tinha apenas 19 anos.
Durante os anos 60 esperavam-se grandes feitos da cantora, mas passados 6 anos de contrato só um álbum tinha visto a luz do dia e, apesar da voz impressionar, esta não encaixava muito bem na música pop. A Rainha do Soul não se sentia bem a cantar este estilo de música e como a editora não lhe dava alternativas, o contrato acabou por ser quebrado.
Com contrato quebrado, Aretha Franklin começou a trabalhar com uma nova editora, a Atlantic. Agora estava livre para cantar música Soul, Gospel e R&B. Sentia-se pronta para dominar o mundo, atingiu o topo, vendeu milhões de discos, ganhou grammys e reconhecimento. Já tinha uma banda completa a acompanhá-la e tornou-se um ícone mundial. Foi nesta altura que saíram os seus maiores sucessos (ainda hoje ouvidos) como "Baby I Love You" ou mesmo o inesquecível "Respect".
Até ao fim dos anos 60 a rainha do Soul mantinha um enorme sucesso, continuava a vender milhões de discos e a ganhar prémios (entre eles, os grandiosos e cobiçados grammys).
Durante os anos 70 lançou três álbuns mas nenhum deles com grande sucesso, a reputação e fama da cantora estava abaixo de outros tempos. Em 1980 a artista decidiu que tinha de dar a volta à sua carreira e optou por mudar de editora, assinando (nesse mesmo ano) um contrato com a Arista Records. Foi uma aposta ganha, as vendas começaram a subir em flecha e em 1983 marca o seu regresso aos prémios.
Apesar de 1988 ter sido um ano complicado para Aretha Franklin (pela morte de dois irmãos) a sua carreira não parou e os sucessos continuaram a ser ouvidos pelo mundo fora.
Até 2003 a vida de Aretha resumiu-se a participações em filmes, shows, duetos e regravações. Só nesta data apresentou um novo projecto, um álbum cheio de grandes êxitos que lhe deram mais alguns grammys (foi o seu 12º álbum).
Actualmente, a Rainha do Soul está afastada dos palcos e luta todos os dias contra um cancro no pâncreas, doença que ainda não ultrapassou (mas segundo notícias avançadas recentemente, está a melhorar).
Como curiosidade, só resta referir que Aretha Franklin foi a primeira mulher na história a entrar para o rock and roll hall of famee foi considerada a maior vocalista da história pela revista Rolling Stone.
Tal como tínhamos prometido quando anunciámos a morte do músico, o Post it! Music faz agora um post sobre Solomon Burke, ou Big Soul, como era referido.
Solomon nasceu na Filadélfia a 21 de Março de 1940 no meio de uma família pobre e de fortes crenças religiosas (católicas). A sua ligação a esta religião fez-se notar desde cedo como mestre de cerimónias de um programa de rádio Gospel onde esteve ao lado de Martin Luther King Jr.
Durante os anos 60 (nos 20 de Solomon) assinou um contrato com a Atlantic Records que lhe permitiu ter vários singles nos tops de vendas, entre eles destacam-se os mais conhecidos "Down in the Valley", "Cry to Me" e "Everybody Needs Somebody to Love" (ainda que nem todos os temas ficado muito famosos nas versões originais).
Desde esta gloriosa década que o nome do Big Soul andou esquecido dos ouvidos do mundo (injustamente, para muitos), ainda que as referências a Solmon Burke por parte de outros músicos tivessem sido constantes ao longo dos anos.
Felizmente foi relembrado em vida já no novo milénio quando entrou para o Rock and Roll Hall of Fame em 2001, o que deu uma nova vida à sua carreira possibilitando o lançamento de "Don't Give Up on Me" em 2002, um álbum com músicas compostas de propósito para grandes artistas como Tom Waits, Bob Dylan ou Van Morrison.
O seu último projecto realmente grande surgiu em 2006 e homenageou uma grande paixão sua, a música Country. Importa ainda referir que este projecto lhe valeu um Grammy nesse mesmo ano.
A sua morte ocorreu a 10 de Outubro de 2010 em Amsterdão (estava a realizar uma tourné por toda a Europa). Teve uma morte natural aos 70 anos de idade (ainda que sofresse de obesidade mórbida).
Foi com nostalgia que vimos Solomon Burke partir, mas ficam os bons trabalhos, os bons temas realizados ao longo de quase 50 anos de carreira e de mais de 35 álbuns originais lançados. A título de curiosidade, Burke deixou também 21 filhos e 90 netos.
Chegamos agora a 1992, ano em que a banda se deixa abater, ano em que a banda dá um único concerto em Abril, um concerto pouco emotivo, algo morto.
Mão Morta
Por influência de Adolfo Luxúria Canibal, os Mão Morta voltam ao estúdio para preparar um novo álbum, este sem a participação de José Pedro Moura que é obrigado a afastar-se por problemas de dependência de heroína, ainda assim o entusiasmo volta e em 1992 é editado o "Mutantes S.21" que é considerado de forma quase automática o melhor álbum do ano.
1993 é talvez o ano mais triunfante, é lançado recentemente o projecto mais célebre dos Mão Morta até à data e a lista de concertos quase não tem fim. "Mutantes S.21" é considerado novamente o melhor álbum do ano e é também o primeiro da banda a ser editado em CD. É então que, em 1994, Carlos Fontes anúncia que vai sair da banda, apesar de dar o tempo necessário a Adolfo Luxúria Canibal para arranjar um substítuto e continuar a actuar enquando fosse preciso.
1994 é também o ano de lanlçamento de "Vénus em Chamas", um CD algo difícil de vender e dos resultados terem ficado algo abaixo do previsto pela editora (BMG). Falando de prémios, em 1195 são nomeados para "grupo nacional do ano" e para "melhor vocalista masculino nacional" (Adolfo Luxúria Canibal) e recebem a "Medalha de Mérito - Grau Prata da Cidade de Braga".
A carreira dos Mão Morta sempre foi marcada por altos e baixos e 1996 é ,claramente, um ano mau. A carrinha que transportava todos os materiais e instrumentos da banda incendeia-se na ponte 25 de Abril, o que obriga a banda a assinar um contrato de dois álbuns com a editora Norte-Sul (por fornecer instrumentos). Para além disto, o manager da banda, Vitor Silva (que trabalhava com o grupo desde 1996) é afastado por não estar a altura de tão grave acontecimento.
"Há já muito tempo que neste latrina o ar se tornou irrespirável" é o nome de mais um projecto composto por músicas originais, este apresentado em 1998. O álbum não passou de 12º lugar de vendas nacionais, ainda que nesse mesmo ano os Mão Morta tenham enchido por completo o Coliseu dos Recreios num grande e muito elogiado concerto.
Adolfo Luxúria Canibal
Em 2001 é lançado um dos mais famosos ábuns da banda: Primavera de Destroços. É nesta altura que a banda consegue ser cabeça de cartaz de todos os eventos estudantis do país, um marco único. É também neste ano que recebem o mais importante galardão músical português: Prémio de Música Blitz: Carreira. De destacar que o prémio foi recebido por todos os membros e ex-membros do grupo (excepto Zé dos Eclipses por não se encontrar em território nacional), Adolfo Luxúria Canibal ao discursar fez ainda questão de partilhar o prémio com Vitor Silva (passado manager da banda).
Em 2002 foi feita uma reedição de "Primavera de Destroços", o que permitiu aos Mão Morta finalizar o contrato com a "Norte-Sul" e, num projecto entre Miguel Pedro, António Rafae e Luxúria Canibal, forma-se uma editora própria não para edição própria, mas para promover novos artistas portugueses.
Após terem gravado "Nus" (novo álbum), encontrar uma editora não foi tarefa fácil, a EMI e a Universal consideraram o álbum pouco comercial e, consequentemente, pouco vendável. Acabou por ser a "Cobra" a editar "Nus" em 2004, sem qualquer tipo de arrependimento pois foi, de londe, o álbum mais bem sucedido de Mão Morta, superando "Primavera de Destroços". Uma tour extremamente bem sucedida finalizou o lançamento.
Depois 5 anos a trabalharem noutros projectos que não a edição de álbuns originais, aproveitam 2010 para lançar "Pesadelo em Peluche" (review aqui) que entra directamente para o Top 3 de vendas nacionais e ainda para comemorar os 25 anos de carreira.
Quem nunca ouviu falar do célebre Adolfo Luxúria Canibal? Este senhor e a banda Mão Morta são quase como um só e o Post it! Music reservou um espaço para falar deles. Com isto, inauguramos também uma nova secção neste blog, as biografias - artigos sobre artistas ou bandas mais desenvolvidos do que o habitual.
Constituição actual da banda
Em 1985 forma-se uma banda em Braga que dá pelo nome de Mão Morta com Joaquim Pinto, Miguel Pedro e Adolfo Luxúria Canibal. O primeiro concerto acontece no Porto no órfão e, apesar de terem sido bem recebidos, faltou-lhes algo. Falha esta que foi tapada com a entrada de zé dos Eclipses como guitarrista e, por necessidade, Miguel Pedro passou a trabalhar na bateria. Só no fim de 1985 é que os Mão Morta fazem o seu primero cooncerto com os quatro membros presentes.
Foram ganhando fama e sucesso participando em pequenos concursos músicais. Em 1986 os Mão Morta são considerados a melhor banda portuguesa do momento pelo Diário de Notícias e fazem o seu primeiro concerto fora de Portugal (Espanha). 1986 foi um ano agitado para a banda, pois é nesse mesmo ano que Carlos Fortes entra para a equipa como 2º guitarrista. 1987 foi ano marcado por muitos concertos com elevadas audiências e ainda pelos tão merecidos prémios após um período de intenso trabalho.
Em 1988 publicam oficialmente o primeiro álbum de estúdio com nome homónimo à banda e e considerado, quase de imediato, o melhor álbum português do ano.
1989 foi um dos mais marcantes, se não o mais marcante ano do grupo e em particular de Adolfo Luxúria Canibal quando este é levado de urgência para o hospital no fim de um concerto onde corta as coxas com facas em pleno palco com lotação esgotada para assistir a mais um concerto da banda (ainda que este nao tenha sido um dos anos de maior actividade).
Passado este episódio negro, os Mão Morta começam a trabalhar num novo projecto onde Joaquim Pinto, fundador, tem uma presença pouco regular nos ensaios, chegando mesmo a estar uns tempos desaparecido para a banda. Em 1990 é substítuido por José Pedro Moura que se estreia em Aveiro como baixista ofícial da banda. Em Setembro desse mesmo ano é editado o segundo álbum que dá pelo nome de "Corações Felpudos" e é num concerto de apresentação do álbum em Avalade, que aproveitam para mostrar ao público António Rafael como membro oficial (teclas).
Adolfo Luxúria Canibal
A banda de Adolfo Luxúria Canibal estava a passar por uma fase aúrea e, se por um lado "Corações Felpudos" era considerado o melhor álbum português do ano, por outro no início de 1991 o 3º LP estava pronto. Edição em Julho desse ano. O concerto de apresentação desse 3º álbum, "O.D., Rainha do Rock & Crawl" foi também o último de Zé dos Eclipses que havia sido substítuido por Sapo, também na guitarra.
O grupo voltava em força aos concertos esgotados, o que não acontecia desde 1989 (ainda que sem a mesma intensidade).
Por ser uma banda portuguêsa de grande sucesso e hstória, o Post it! Music decidiu postar este artigo em duas partes. Esta é, portanto, a primeira parte e a segunda será postada brevemente.
Entretanto, ouça aqui algumas músicas de Mão Morta: