sábado, 19 de fevereiro de 2011

Airbourne - No Guts. No Glory.

    
Tal como prometido ainda em Novembro de 2010, chegou agora a altura do Post it! Music publicar a sua análise a novo álbum do grupo australiano (para saber mais sobre a banda, siga este link).


Depois de ouvirmos Runnin' Wild, as esperanças em relação a "No Guts. No Glory" eram inquestionavelmente elevadas e confiantes. "O novo álbum deve ser muito bom", foi o que pensei enquanto me preparava para o ouvir com atenção.

Antes de uma apreciação mais detalhada, quero referir que esperava um pouco mais. Esperava um novo álbum fiel ao estilo "AC/DC" de Runnin' Wild mas com uma originalidade que o tornasse facilmente identificável. Em vez disso veio um álbum que, apesar de estar bom numa observação geral, não inova face ao anterior nem face ao que já existe. Ainda assim continuam a ser, para mim, uma banda com bons padrões de qualidade.

Sao 13 músicas novas, quase todas elas com uma duração comum à música pop (cerca de 3 minutos). Fica aqui a lista das faixas:

1º- Born To Kill
2º- No Way But The Hard Way
3º- Blonde, Bad And Beautiful
4º- Raise The Flag
5º- Bottom Of The Well
6º- White Line Fever
7º- It Ain't Over Till It's Over
8º- Steel Town
9º- Chewin' The Fat
10º- Get Busy Livin'
11º- Armed And Dangerous
12º- Overdrive
13º- Back On The Bottle

Avaliação Global: 4,25

Se há coisa que é necessário reconhecer é a homogeneidade do álbum, sempre fiel ao mesmo estilo, ao mesmo ritmo, aos mesmos refrões (a nível instrumental).  Comecei com "Born to Kill" e a sua entrada sempre a abrir (veio-me "Runnin' Wild" à cabeça). Sinceramente, se me dissessem que esta era uma nova música de uma banda com 20 anos de experiência, eu acreditaria (com destaque para o bom solo de guitarra e ainda para o solo de bateria algo frenético).

Continuei a ouvir "No Guts. No Glory" com atenção (convencido que o melhor ainda estava para vir). A segunda faixa do álbum passou-me um bocado ao lado e rapidamente passei para "Blonde, Bad and Beautiful", ficando cada vez mais convencido da boa qualidade do que estava a ouvir.

Na verdade, não tenho muito a dizer sobre a grande maioria das faixas que se seguiram. Todas elas (ou quase) são interessantes, bem compostas, aceleradas e... Quase iguais!

Este é o problema do segundo grande projecto dos Airbourne. São boas músicas isoladamente e percebe-se que a banda se preocupou em agradar igualmente em todas as músicas usando uma fórmula já velha. Como se costuma dizer, em equipa que ganha não se mexe e esta é, para mim, a melhor descrição para o que ouvi.

Já um pouco exausto da mesma sonoridade, posso ainda acrescentar que as duas últimas faixas do álbum estão um pouco mais originais e arriscadas .

Conclusão: Gostei, mas esperava mais. Esperava algo diferente do álbum "Runnin' Wild" mas igualmente bom e, afinal deparei-me com um álbum igualmente bom em qualidade técnica mas uns furos abaixo em originalidade. De qualquer forma, recomendo.

Ouça aqui algumas músicas:

Born to Kill



Blonde, Bad and Beautiful


Overdrive

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